domingo, 28 de novembro de 2010

Paranapiacaba - Aventura by Bike de nov/2010

Estive em Paranapicaba três ou quatro semanas atrás e do trekking ficou a vontade de explorar um pouco as estradas de terra de lá.

Em especial, na trilha que fizemos eu e o Leandro Repolho (http://lrepolho.com/), encontramos um monte de orientais de idade avançada indo e vindo... nosso guia nos disse que eles visitavam a 'Vila Turiassu' e que o clima da serra é perfeita para seniores.

Minha vontade: ver que cazzo é a 'Vila Turiassu'. E, please, on a bicycle.

Usando o Google Maps, planejei um trajeto e chamei a galera do bem. Disponibilizei uma transcrição da convocação nesse endereço: http://bit.ly/ezoxjJ

A idéia era chegar a Paranapiacaba o máximo possível usando a mata, ir para a Vila Turiassu e um pouco mais à frente, e voltar pela estrada: http://bit.ly/ggdui3

Ao fim, muitas as confirmações prévias convertidas em bolo! Só padeiro...Sobraram eu e o colega André Fleury.

Encontramos bikers já no trêm para Rio Grande da Serra e em todo o caminho não passava mais de 5 minutos sem encontrar colegas indo ou vindo, no mesmo percurso que escolhemos e em outros dos 'n' possíveis.

Essa estória de Paranapiacaba tem rendido e irá render ainda muita história.

Seguem os registros da brincadeira de hoje.

Paranapiacaba - Aventura by Bike de nov/2010 - Estação da Luz e arredores

Com a viagem começando na Luz, assim que cheguei, fiz dois registros enquanto esperava.

Essa deve ser uma entrada antiga para a estação, que, a essa hora pelo menos, estava fechada.

Alguém sabe para que servem essas torres?

A Luz é lindíssima e eu tenho de voltar para fazer um ensaio inteiro sobre ela (e sobre a Júlio Prestes)..

O fleury demorava para dar as caras (depois fiquei sabendo que ele teve problemas para montar o suporte para bike no carro).

Saí para comer algo e fiz esse registro do contraste que é essa região da cidade.

Paranapiacaba - Aventura by Bike de nov/2010 - Estação da Luz - Cantiga do Sapo

Selecionando as fotos que bati do lado de fora da estação, vi e não pude perder a brincadeira abaixo.

Para quem não sabe, o Lenine na 'Jack Soul Brasileiro' usou trecho da 'Cantiga do Sapo', de autoria do Jackson do Pandeiro e Buço do Pandeiro (http://bit.ly/ezoxjJ).

- Tião?
- Oi!

- Foste?
- Fui!
- Compraste?
- Comprei!

- Pagaste?
- Paguei!
- Me diz quanto foi?
- Foi quinhentos réis

Paranapiacaba - Aventura by Bike de nov/2010 - Ida até a Vila

Como comentei na introdução, conhecemos no trem dois outros biker (os primeiros dos muitos que encontraríamos) que também seguiam para lá.

Olha aqui a trupe, com o Fleury ao meio.

Após 300, 500 metros de pedal, ele já estavam lá, bem lá, na frente e se distanciando...

No meio do caminho passamos por essas linhas de transmissão.

Elas são comuns por essas nossas estradas. Porém, de bike, tranquilo e sem outros barulhos, nota-se o poder do campo eletro-magnético. Fiquei impressionado com o barulho que vem dos cabos.

Selecionei dois registros. Um com um carro que entrava na composição,

e outro com um colega biker.

No caminho planejado, ao invés de 'entrar à esquerda', selecionei  um desvio para ver as construções que apareciam no zoom da visão de satélite no Google Earth.

Não consegui ver as construções, que estavam em um terreno privado, mas acabei encontrando essa escola estadual. Espero que não esteja mais em funcionamento!

Para acessar a Estrada de Paranapiacaba, temos de atravessar a linha de trem aqui.

Aqui parece ser uma estação antiga, já há muito desativada. Registrei essas ruinas aqui e quis ir lá explorar. Só que o segurança que está na foto acima, lá na passarela (dê zoom que enxergará), não deixou.

O caminho na Estrada de Paranapiacaba foi tranquilo, com muito movimento de bike.

Só que, claro, subidas e descidas. Essa em especial...

Um exemplo que eu já havia enfrentado,

e do que ainda havia por enfrentar.

O rapaz sem camisa lá no fundo é o Fleury.

Logo à frente um casal. No começo ele estava empurrando a sua companheira, que ainda pedalava.

Na imagem acima, ela já está fora da bike e ele seguindo ao lado.

Logo após aquela curva, desistiram os dois...

Para quem notou que a distância entre eu e eles aumentou: eu já estava fora da bicicleta desde lá em embaixo...

Paranapiacaba - Aventura by Bike de nov/2010 - Chegada na Vila

Logo após a subida do post anterior, A Vila de Paranapiacaba.

Pedal bom é assim: um presente ao final para justificar o sofrimento.

Aqui, os primeiros vagões das várias ruinas largadas nos trilhos da região.

E a torre com relógio, um dos postais da região.

O Fleury não fazia idéia do que encontraria. Olha aqui o cara.

E ele fez um registro meu. Esse é para minha mãe que reclama que eu nunca apareço.

Há mesmo muitas ruinas por aqui, como essa velha locomotiva a vapor.

E a Vila é muito agradável. Isso é... o lado inglês da Vila.

O Fleury pediu que eu registrasse a fachada dessa casa. Aproveitei e o inclui ;-)

E essa parece ser uma escola (não tive saco/energia para conferir). Comparando com a escola do post anterior...

Paranapiacaba - Aventura by Bike de nov/2010 - Especial para as meninas

Essa aqui é especial para aquelas que abrilhantam nosso caminho: as meninas.

Paranapiacaba - Aventura by Bike de nov/2010 - Mais da Vila

Comemos um pastel e pegamos o caminho para a Vila de Turiassu.

Acabou que eu não consegui chegar. A dois Km de lá desisti. Falei para o Fleury seguir caminho que eu tinha de deitar e descansar por meia hora que a pilha havia chegado ao fim.

Ainda irei. Nos próximos findes, quando não houver agenda conflitante, voltarei por esse caminho treinando, perseverando, até conseguir chegar!

Já de volta à Vila, a caminho da estrada rumbo sampa, fiz mais registros.

Descobri esse ângulo singular do 'lado português' da vila.

Já haviam comentado comigo sobre a Maria-Fumaça de Paranapiacaba, mas só nessa terceira visita pude vê-la.

O escape do vapor em detalhe (uma pena, não apitaram enquanto eu estava aqui nesse ângulo. É BEM legal a saída de vapor do apito!).

Aí, olhando para trás, de volta ao 'lado inglês'.

O casarão da imagem acima, apelidado pelo Fleury de 'Casa do Barão', em detalhe.

No registro da mata ao redor, uma curiosidade técnica.

Aqui, procuro não estragar a imagem da casa, no canto. Tentei no pós-processamento deixá-la com detalhes visíveis.

Mas, se eu não me preocupar com a casa, mexendo no contraste de um modo que a deixe bem escurecida, a mata aparece com outra vida.

Sendo a 'Casa do Barão' inacessível, eu me contento com qualquer uma dessas três.

Antes de voltar, um último olhar do relógio.

Paranapiacaba - Aventura by Bike de nov/2010 - A Volta

Como planejado, voltamos direto pela estrada, o caminho mais curto e mais tranquilo.

Para nosso deleite, logo no começo uma descida deliciosa e revigorante. Detalhes:

  • essa delícia de descida só prepara para a sequência de sobes/desces que se seguem
  • se viéssemos pela estrada, essa delícia de descida seria uma *erda de subida (bem, havia também uma *erda de subida no mato....)
Minha pilha já estava a -100% e com zero de raciocínio. Poucos registros.

Essa estátua está na entrada da estação que cruzamos no caminho de vinda. Eu a vi, mas não registrei por falta de ângulo interessante e pela distância. Carece pesquisa sobre.

Havia uma grande obra às margens da estrada. Não consegui entender... tratores, terra remexida e toras empilhadas. Extração de madeira? Sei lá. Um registro de como podemos destruir.

Já na estação, fomos ao final da plataforma esperar o trem (de bike, obrigatoriamente temos de embarcar no último vagão).

O trem chegando. Lembrei que estava com vontade de 'fazer pipi'. Não dá tempo de voltar lá no começo e ir ao reservado.

Ok. Andei dez metros e discretamente aliviei-me lá no fim da plataforma.

Entrementes...

Uma câmera.

Um par de olhos observando.

Sob vigilância um homem que:
  • segue até o fim da plataforma e mantém-se estático de costas
  • move um dos braços para baixo mantendo o outro à altura da pélvis
  • por dez segundos, não faz qualquer outro movimento
  • quanto, então, balança por três vezes o braço que estava à altura da pélvis e desfaz o movimento do outro braço
A Lei imbuída ao par de olhos Sabe: esse meliante acaba de urinar em uma área federal! Quiça cometeu atentado ao pudor pois postava-se em ângulo visível ao maquinista da composição (mesmo que de costas).

Não perderei meu tempo descrevendo os procedimentos levados a cabo após essa constatação de crime federal.

Deixo só a recomendação: por mais reservada a posição em que se encontre, por maior a certeza de que o 'alvo' é suficientemente permeável e no qual não se registrará odores, certifiquem-se de não haver câmeras antes de mijar!

Enquanto esperava a solução do meu caso, fiz esse registro da Estação de Rio Grande da Serra.