sábado, 18 de setembro de 2010

Saco cheio...

Desde meu último post sobre Valência registrei muita coisa legal que ainda não publiquei.

Estou com um problema: falta de saco para publicá-los!

Cada uma das imagens já publicadas foi cuidadosamente selecionada entre milhares, recortadas para realçar a sua essência, e tratada para otimizar o contraste e a cor (ver mea culpa ao final...).

Aqui não é um fotolog. Me incomoda publicar imagens sem contexto. E quem me lê (oi mãe!) sabe que não escrevo pouco.

Ainda por publicar, nos meus arquivos há registros bem interessantes:
  • da Virada Cultural de 2008
  • de olhares em Campo Grande/MS registrados em Dez/2009
  • uma série inteira sobre 'Prédios Encamisados'
  • ínumeros registros não publicados da viagem de 2009 a Valência e Pamplona
  • registros da noite paulistana feitos entre 2007 e 2010
  • imagens de Barcelona (!) onde estive em maio
  • Valência sob nova ótica onde retornei logo após visitar Barcelona
  • cicloviagem na Chapada Diamantina
Barcelona em especial é um tópico que PRECISO compartilhar. Já demorei.

Falta só saco para passar pelo trabalho da publicação...

Bem, daqui para a frente vou tomar menos cuidado na edição das imagens e só vou escrever um monte quando tiver realmente inspirado.

Quem sabe assim consigo esvaziar o arquivo.

Para hoje, publico um pouco do que registrei na Bahia. Espero durante a semana mandar algo de Barcelona.

Divirtam-se.

P.S.: sobre o tratamento das imagens: nossas câmeras registram imagens sem contraste, lavadas, e sempre puxando para o azul (de dia) ou vermelho (de noite). Tento ajustar isso e errei MUITO na mão no passado. Estou melhorando...

Expedição Chapada 2010

Julho passado eu participei de uma cicloviagem pela Chapada Diamantina.

Cinco dias no meio do sertão baiano indo de cidade a cidade em cima da bike e acompanhado de pessoas incríveis.

A fita completa:
Geni, a Toyota do Ronaldo, foi um personagem à parte. Grande Geni!

Minha bike chegou à Bahia com o câmbio entortado durante o transporte e levei um capote no primeiro dia que fez um oito da minha roda. Sem a mágica da mecânica do Kennedy eu teria ficado a pé!

Cabelo (qual é mesmo o nome dele meu Deus? Tá na ponta da língua...) nos não parou de falar enquanto nos guiava. Meu, o giro do rapaz é inacreditável! Sei lá, 80 RPM, 90? Logo que começamos a pedalar, comentei que EU não conseguiria manter aquele ritmo por cinco minutos. Disseram: ele deve estar se aquecendo... que nada!

De companhia, sete almas fantásticas, quase todas de SP, exceto um casal de Floripa. E tudo sangue nos óio!

Cinco dias fantásticos acompanhado por pessoas de primeiríssima linha e com a mente zerada.

Eu sou capaz de afirmar que horas de pedal levam a mente a um estado mais vazio que qualquer técnica de meditação... e ainda por cima faz bem para o coração!

Resumindo bem resumidamente, a idéia geral era:

Aqui estou em uma rede na Pousada do Ronaldo e tinha acabado de chegar a Lençois. Dali a minutos a brincadeira começaria.

Como escrevi no post acima, lá vão, meio nas coxas, alguns dos registros.

Expedição Chapada 2010 - A Galera

Nesses tempos sombrios, quanto menos publicarmos informações não solicitadas sobre pessoas, melhor.

Não identificarei nenhum dos colegas que estavam no grupo.

Falo isso para que ninguém ache que estou diminuindo ou, até, quem sabe, faltando com o respeito com eles. O bicho humano é esquisito...

Cá estamos ao lado da Geni esperando dando um tempo.

O Luca da Brasil By Bike lagarteando.

Na Geni.

Expedição Chapada 2010 - Pedalando

Havia muita água por transpor, sempre.

E eu adorava!



Às vezes apareciam pontes.

Aqui descansamos um pouco. Claro, o cabeludo é o Cabelo.


Havia muita areia no percurso. Um saco!

De quando em quando, não tinha jeito. Era descer e andar a pé.


E as subidas eram todas cabulosas. Eu, fumante, não consegui completar nenhuma. E viva a Geni!

E, apesar da experiência, não dá para negar o alívio na chegada!

Manda uma cerveja! ;-)

Expedição Chapada 2010 - Acidente

Descida inclinada cheia de pedra e com curvas fechadas havia de monte.

Mas uma em especial deixava passar fácil, fácil, dos 60 por hora. Nessa velocidade, eu segurava no freio.

O pessoal não, desceu, no mínimo, a 80!

Em uma das curvas...

Mas ele manda dizer que está tudo bem.

Expedição Chapada 2010 - Cachoeira da Fumaça

Fomos para o topo da Cachoeira da Fumaça.

Nesse dia as bikes ficaram no hotel.

E o mar não estava para peixe.

Frio.

Em estado de alerta (como fugir de uma tromba d'água?!?!?!)

Sem falar no terror da galera.


A coisa começa...

... com tempo até que bom.

No meio da subida, muito já andado e muito ainda por andar.

Cigarro filho-da-puta!


Ao fim da subida, cerração.

Acreditem, isso é sertão baiano!



Chegando à cachoeira, há um platô para apreciação.

E, nesse platô, esse foi o máximo que consegui chegar à ponta!

Meu, já não adreno em rapel, já saltei de para-quedas, não tenho medo de altura.

Mas, lá na ponta, o cérebro travava e um pavor incontrolável tomava conta.

Apesar de CONSCIENTEMENTE saber não haver riscos, querer ir para a ponta, o cérebro teimava em mandar sinais de pânico. O sistema nervoso entra em parafuso.

A ponto de eu não conseguir fazer uma segunda tentativa!

Na volta, Deus resolve mostrar que ainda é o foderoso. Não adianta... continuo a ignorar a sua existência!

Eu estava de papete, o que foi bom pois entrei em todos os riachos sem medo de ser feliz.

Mas, na volta, era um capote atrás do outro.

Também, olha o nível das pedras.

Continuei descalço, o que melhorou, mas não evitou mais uns quatro ou cinco escorregões.

Já perto do final pensei: 'vou levar A vaca no meu último passo, no último degrau'. Lá, cuidado extremo e atenção a mil. Sobrevivi! Só para ficar com as quatro para cima no plano, já longe da descida, e de frente a um boteco cheio de espectadores...

Não, não registraram isso (eu acho...).

Fechando, fotos de fotos mostrando a que ponto o ser humano pode ser sem-noção!

Atrás deles, 340 metros de queda.

Para quê isso?

Nem é pela adrenalina pois devem estar tão concentrados na bike que não devem estar enxergando o abismo.



Expedição Chapada 2010 - Amarildo!

Em Igatu, O cara. Amarildo, de fama internacional!

O cara mata a pau todos esses bostinhas formados em marketing...

...e oferece em seu mocó organizadíssimo tudo que uma alma precisar durante sua estada em Igatu.


O rapaz é gente finíssima!

Alma excepcional que não está entre nós só a passeio.

Não pude me livrar de nenhum dos registros...




Expedição Chapada 2010 - Diamantes

Na Chapada Diamantina havia (e ainda há) diamantes.

Esse é um deles. Ainda bruto.

Assim, do nada, um conhecido do Kennedy aparece na praça de uma cidade oferecendo.

R$ 4000 na mão da colega.

Essa belíssima foto mostra dois garimpeiros dentro de uma mina.

E uma triste imagem.

Aquele rio chega a ter trechos com 60 metros (!) de assoreamento pelas décadas de lavagem do terreno atrás das pedrinhas.

Expedição Chapada 2010 - Pessoas

Além do Amarildo, há registro de outras pessoas que fomos encontrando pelo caminho.

Pelo que entendi, um barranco caiu e fechou a passagem para esses dois cabras.

Eles estão esperando... sabe-se lá o quê.

A noção de tempo e urgência é BEM relativa...


O rapaz é dinamarquês e oferece produtos 'sofisticados' aos turistas e funcionários públicos da região.

Batata Pringles, vinho chileno, sabonete Dove no meio do sertão? Só com ele.

Claro, o tempo aqui tem uma dinâmica diferente.

Hora do almoço, as pessoas ficam por aí...


Crianças...


... bikers...

... e wannabes.

"João! Chama a Dilva que estão atrás dela!"

Juro, ele NÃO está posando!