segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Feriado de Carnaval - Free falling!

O dia em que saltei (quem pula é sapo...) de pára-quedas!

Com meu histórico de carnavais passados, não seria nesse em que eu me entregaria à folia (ainda espero desfilar, diria melhor, pular, na avenida, mas essa é uma outra estória).

Eu já sabia que iria saltar de pára-quedas nesse feriado, só não sabia em que dia nem se alguém do círculo de amigos participaria da experiência.

Após duas semanas atribuladíssimas, de última hora, marquei um salto no sábado e consegui arregimentar dois loucos para 'darem carona': minha gerente, Sônia, e um colega coordenador da equipe, Anderson.

(Parênteses: por ter confirmado muito de última hora, acabei prejudicando uma enorme amiga que esperava ir conosco. Milhões de desculpas, Paolita. Em março, logo, logo, saltaremos juntos)

Chegamos em Boituva com dia lindíssimo, perfeito para o evento. Não à toa, essa é a cidade oficial do estado para balonismo e paraquedismo.

É até covardia tirar foto desse céu.


A cada quinze minutos o avião subia e deixava aspirantes a passarinho pelo caminho (ao fazer esses registros, gota d'água, decidi-me por comprar uma Nikon D60).




Chegada nossa vez, fomos para esse aviãozinho.


Apertado, ele nos levaria a 12.000 pés (pouco mais de 3.600 metros) para o salto. Esse é o limite para saltos sem equipamentos especiais (que pode incluir máscara de oxigênio).

Notem a haste da asa. Assisti ao vídeo de batismo de um grande amigo no qual ele tinha de se dependurar nela antes de continuar o salto. Eu PRECISO fazer isso uma vez na minha vida.


Como eu saltaria na frente, e, obviamente, meu instrutor estava às minhas costas, com minhas mãos foi aberta a porta para o salto. Loucura total estar de frente ao vazio. Indescritível.

Achei que iria adrenar no derradeiro momento. Que nada... só fiquei impaciente pois os segundos até rolarmos para fora do avião foram muitos...

Não tenho fotos minhas no ar. Não quis comprar a gravação feita no caminho até o solo. Farei os registros quando, e se, eu fizer meu batismo solo.

Tenho também alguns registros dos nobres colegas que me acompanharam.

O Anderson fazendo pouco caso do perigo.


A Sônia ao meu lado a caminho da aeronave.


E ela preparando-se para o pouso, sorrindo de orelha a orelha.


Registro adicional. Essa é a vista traseira do colete que nos prenderia ao instrutor. O texto:

Às vezes pára-quedas podem falhar, mesmo quando manufaturados, montados, embalados e manuseados corretamente. Há risco de ferimentos graves e morte a cada uso desse equipamento. Leia, entenda e siga todos os manuais, recomendações, procedimentos e avisos do fabricante antes do uso.

Não é de brincadeira...


O que restou da experiência: êxtase, puro.

Demorei muito para agregar isso na minha lista de feitos e espero não enrolar outros tantos anos para fazer o curso para saltos solo.

Mesmo que para isso eu tenha de ficar R$ 3.800,00 mais pobre.

Esse é o valor do curso, com a estrutura:
  • um dia com 8/10 horas de instruções teóricas
  • oito saltos, cada um com um objetivo a ser atingido
    • se não for atingido o objetivo de cada salto, ele terá de ser repitido até que seja bem sucedido
    • a confederação de paraquedismo obriga um tempo máximo de um mês entre um salto e outro durante o treinamento

Fui informado de que, com planejamento prévio (e dinheiro disponível), em dois finais de semana conseguem-se as asas de paraquedismo.

O que isso agregaria à minha vida? No mínimo oito saltos solo, oito êxtases seguidos? Saber que dali em diante poderei sempre que quiser subir em um avião e me jogar lá de cima, devidamente qualificado para isso?

Sei lá... precisa explicar?

Fim de semana nas redondezas - Serra do mar & Guarujá

Aproveitando que estou postando... entre uma montanha de registros antigos que tenho de organizar e publicar no blog, reservei um tempo para um momento que achei especial.

Logo ali em Santo André, no distrito de Paranapiacaba, a 50 Km do Centro de Sampa, há um pedaço do paraíso. Uma cidade onde um pedaço da história desse estado está preservada e que, de quebra, está colada à Serra do Mar com atividades de eco-turismo (pena que, apesar de reserva ecológica, a mata atlântica nesse trecho seja secundária).

Vila ferroviária construída pela São Paulo Railway na década de 1860, é candidata a Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.

Nessa imagem, registrei as linhas férreas ainda ativas para transporte de carga. Infelizmente, a linha de passageiros foi desativada há poucos anos.

Entre os atrativos históricos, é possível uma viagem curta em uma autêntica maria-fumaça. Ouvi os apitos dela, mas não conferi... fica para a próxima.


Claro, o motivo que levou-me a visitá-la foi a Serra do Mar. No caminho para a trilha que faríamos, registrei ângulos da parte baixa da Vila, encostada à mata.

Extrema rusticidade, humildade e algo de falta de manutenção? Sim. Porém, de uma beleza única.


Essas ruínas...


Nesse outro registro do imóvel em ruínas, vê-se um quintal de outra casa.


A neblina nos acompanhou por todo o passeio.

Apesar da neblina forte, era forte também o calor. Espero algum dia entender como funciona esse mecanismo. Sempre associei cerração a baixas temperaturas.

Aqui estavamos no ponto mais alto da trilha. Em especial, eu estava em cima de uma plataforma onde, antigamente, havia uma antena da Tupi para retransmissão do sinal para o litoral.


Também no meio da mata ela nos seguia. Engrossava e se desfazia, mas mantinha-se sempre por lá.



Falando da mata, ela é bem fechada.

Na realidade, as trilhas aqui são todas 'naturais'. Em alguns pontos, segue-se por trechos escavados pelas águas da chuva e, até, riachos perenes. Em outros pontos, não havendo um guia a nos acompanhar, simplesmente não encontraríamos o caminho.

E, em todo o percurso, havia a preocupação em manter-nos em fila indiana, sempre seguindo as pegadas do colega à frente, para que mantivessemos a trilha com a mesma largura, evitando alargá-la.

Esse é um registro da mata logo ao pé da trilha.


E outro no meio dela.


Nosso objetivo nesse dia foi encontrar a Cachoeira Escondida.

Ela tem esse nome porquê de longe e em vários pontos da trilha ouvem-se suas águas, sem que consiga-se enxergá-la.

Nosso guia contou que na primeira vez em que ele se embrenhou por esses lados, moleque ainda, tentou, tentou, procurou, e não encontrou a danada.

Não consegui separar um único registro dela, de tão belos que ficaram.

Nesse, prioriza-se a neblina na mata acima da cachoeira. Presenciar essa iluminação, esse clima, é único. O registro nem minimamente conseguiu fazer juz à experiência de estar lá pessoalmente.


Nesse outro, dá-se espaço à cachoeira mostrar sua beleza sem ser ofuscada pela estonteante visão da mata acima dela.


Para finalizar o registro dessa mata, seguem duas fotos de flores que encontrei pelo caminho.


Essa, em especial, tinha um perfurme fortíssimo, delicioso. Como bem observou uma colega de caminhada, é pena que junto à foto não venha o cheiro.


Na caminho de volta, percebemos que, andando um pouco mais, estaríamos no Guarujá. Como tempo de sobra, resolvemos passear por lá.

Esses registros foram feitos de dentro do carro, seguindo-se a orla já longe da muvuca do centro.

Descobri nesse dia que Guarujá pode ser um bom destino, desde que se fuja daquela loucura da área urbana. Tinha comigo que nunca iria por vontade própria para aquelas bandas. Já mudei de idéia.




Haveriam outros registros de Guarujá desse dia se não tivesse acabado a bateria da minha câmera.

Ficam para a próxima.