segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Cicloviagem - Segundo Dia - A Pedalada

Sete e meia da manhã do segundo dia.

Inacriditavelmente minhas pernas não doem. Enquanto espero a galera terminar o desjejum, vou até o pier fumar (ops!) o primeiro do dia.

O sol está belíssimo nessa manhã.


Olha que louco: não tenho lembranças de ter estado em um pier pequeno como esse em minha vida.

Já passei por essa experiência, tenho certeza, no nordeste ou nas praias do sul.

Porém, já faz tanto tempo, na minha infância e adolescência, que não consigo rememorar os detalhes?

Será que já tive a oportunidade de apreciar embarcações belas como essa?


Fomos embora, pedalamos por alguns poucos quilômetros, e chegamos à outra barca que nos levaria novamente ao continente, em direção a Ariri.


Essa é uma imagem recorrente em toda a viagem. Uma gaiola para pesca de tainha.

Eu pensei que fosse um suporte para redes de pesca de qualquer tipo de peixes, mas me garantiram que só se pega tainha com essa armadilha.

No zoom, dá para notar os pássaros que flanam por lá. Assim fica fácil para eles...


Bela imagem da balsa que nos levará chegando ao pier.

Ela sai de hora em hora. Apesar de já atracada, ainda teremos de esperar até as nove para partir. Uma espera de 45 minutos.


Enquanto esperamos, nossa amiga Luciana avalia a possibilidade de trocar sua bike possante, porém delicada, por uma Barra Forte que aguentará todo tipo de tranco da trilha sem precisar de passar depois por uma completa (e cara) revisão.


Iniciam-se as negociações. O dono da Barra Forte avalia com cuidado a mercadoria que está sendo oferecida em troca de sua super-resistente magrela.


Após cuidadosa deliberação, o gentil senhor avalia que a oferta, apesar de sua alta performance, exigirá constantes manutenções só disponíveis a mais de 150 Km de distância e de custo alto demais para seu já controladíssimo orçamento. Sua já decenária Barra Forte não tem esse nome à toa.


Foto aleatória de embarcação.


Aqui inicia-se a trilha de terra.

Logo a seguir, encontraremos uma subida de quarenta metros em um ângulo, acredito, de 40 graus.

Eu estava usando a sapatilha, firmemente PRESO à bicicleta. No meio da subida, com meu pulmão sendo expulso via esôfago e coração crendo ser atabaque em terreiro de umbanda, eu PRECISAVA parar e continuar a pé.

Pois bem, por mais que eu tentasse, girando o pé para dentro, para fora, tentando todas as formas de pressão positiva ou negativa e ângulos de torção do pé, não conseguia destravar a sapatilha.

Desesperadamente procurando, sem achar, um ponto onde me apoiar para parar e achando que iria desmaiar no momento seguinte, cheguei ao topo, onde, de imediato, a &%@#*$& da sapatilha facilmente se destravou.

Tenho certeza de que foi nessa subida que a energia que faltaria para eu completar o percurso foi embora.


Algumas imagens da paisagem que nos acompanhava.




Esse rapaz ali em frente estava com o joelho estourado.

Mesmo assim, ele chegou até o final, escorando-se no carro de apoio nas subidas mais sofridas.

Ele é o perfeito exemplo do Biker que NUNCA serei.


Bela imagem de córrego no meio do caminho.

Esse foi o mais belo que encontrei, mas cruzamos vários outros pelo caminho, inclusive alguns secos.


Eu queria tirar uma foto das ruínas e o GRANDE Estopim fez pose logo ao lado.

Gente finíssima, O Cara!

Fazendo o apoio no fim do grupo, com enorme paciência, acompanhou, empurrou, esperou por todos que pelo caminho iam se exaurindo. Alguns de nós só chegaram ao final por seu apoio moral e, quando necessário, físico.


Olha mais um tiozinho de Barra Forte.

Esse são campeões...

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